Lispectoriando

"Renda-se, como eu me rendi.
Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.
Não se preocupe em entender.
Viver ultrapassa qualquer entendimento"
(Clarice Lispector)









quarta-feira, 29 de setembro de 2010

domingo, 26 de setembro de 2010

Homens agora fazem pré-natal

Bebê conseguiu ser internado graças ao MPF

Ordem é ordem. E quando se trata de ordem judicial, então...Foi preciso provocar OAB, Ministério Público Estadual (MPE) e até o Ministério Público Federal (MPF), que, aliás, arrasou, através do procurador regional dos Direitos do Cidadão Alan Mansur, responsável por fazer, digamos, a Sespa, dar seus pulos e providenciar atendimento digno à pequena Vitória.
Finalmente, caso encerrado, espero.
A criança recebeu a visita do esperado neuropediatra e o exame que ela tanto precisava, uma tomografia, foi, por fim, feito no PSM.

Agora, a pergunta que não me cala de jeito algum:

SERÁ SE VAI SER PRECISO EU VIRAR ANJO DA GUARDA DAS PESSOAS DOENTES PARA FAZÊ-LAS RECEBER SAÚDE DE QUALIDADE E ATENDIMENTO DIGNO, QUANDO ISSO É PAPEL DOS OUTROS????

Sou só uma jornalista. Meu papel é só informar. Mas, por favor, tenho alma. Não sou e nunca serei capaz de deixar alguém sofrer numa fila de hospital e ser mal tratado como esses servidores maltratam...Farei minha parte, sim! E como ser humano. Que se danem os clichês. A vida está em primeiro lugar!!!!!

Abaixo, o despacho do procurador Alan Mansur.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Expulsa da Santa Casa



Olha só a cara de arrogância da mulher de vermelho...Pois é...Ela me expulsou da Santa Casa, assim como o fotógrafo Igor Mota, para evitar não sei o quê...Coitada!!!! Literalmente, digna de pena!!!! Tá defendendo uma coisa que não é dela e ajudando uma criança que nem sabe se vai viver ou não a sofrer ainda mais...
A funcionária da recepção da Santa Casa Ednair disse que o hospital não é público. Isso mesmo...
Quando ela me expulsou e mandou o segurança fechar a porta de vidro na minha cara, eu disse: "Pq eu tenho que sair? Aqui não é um lugar público?"...A tal funcionária, friamente, respondeu: "Não. Aqui não é um lugar público. Sai e espera a assessoria aí fora".

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sofrimento e sacanagem


  • Poucas vezes me emocionei tanto em uma pauta como me emocionei com o caso da Vitória. Me senti totalmente no lugar da mãe, tão jovem e sofrida, desnorteada e desamparada, em todos os sentidos.
  • O que choca mais é sentir, na pele, e ver, como neu vi, o descaso desse governo desgraçado que recebe tanto recurso, arrecada tanto imposto, rouba tanta gente, se beneficia escancaradamente e deixa as pessoas sofrerem tanto.
  • Paguei, sim, o táxi dessa mãe. E sem medo de que achassem que eu "implantei" alguma coisa. Sou gente, de carne e osso - e muita gordura. Tenho alma e tenho coração. Sou mãe. Tenho mãe. E não gostaria, de forma alguma, que minhas filhas passassem por uma situação como a que está enfrentando esse bebê.
  • O que não permitiria é que uma criança morresse só porque sou jornalista e por medo de acharem que eu estava fazendo isso ou aquilo, virasse as costas para quem estava tão necessitado.
  • Aparelho de tomografia quebrado, neuropediatra que não dá as caras no hospital pra ver os pequenos pacientes, médico que não sabe nem dizer o que a criança tem e funcionários que mais parecem demônios.
  • Fui expulsa da recepção da Santa Casa, sob alegação de que ali não é um lugar público, como garantiu á funcionária. Sem problema. Saí, na boa. Mas, com a certeza de que fazer jornalismo sem ser parcial é impossível!!!!!

Fotos: Igor Mota
Textos: Yáskara Cavalcante
Edição: Ailson Braga

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cavalinho muito fofo

Era pra ser só mais uma pauta de um ensolarado sábado de manhã.
Só que além de já ter outras quatro pautas, as coisas não estavam tão boas...
Até que, depois de passar por um velório, uma escola e encontrar outras histórias comuns, fui fazer um concurso hípico da Polícia Montada, a cavalaria...Gente, apaixonei pelos bichos. Cada cavalinho mais lindo que o outro. Deu uma vontade danada de montar. O cavalo da foto é o Simon, lindo e meigo. Apesar de difícil, já que eu fiquei mooooorta de medo do tamanho do "bichinho", Igor Mota registrou pro blog...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Uma deliciosa visita ao mundo Mc

OK. Sou uma Mcmaníaca assumida. Não escondo que sempre fui louca por um McDonald's. E também não omito que sempre passo por lá e pego dois Mc Duplo e vou comendo no carro. Mas, entre amar os sandubas com gosto de "esponja" e encontrar com eles, ou melhor, com a maneira como eles são feitos até chegarem às minhas mãos, ah, isso, de verdade, tem uma grande - e ponha grande nisso - diferença!!!!

Pois é. Estive lá. No antro da perdição. Me perdi. Me surpreendi. Fiquei atordoada com tanta organização. Fui convidada pela equipe da Gaby Comunicação, responsável - com talento - pela comunicação do McDonald's no Pará, para conhecer a Foodtown, Cidade dos Alimentos, que fica no charmoso e comercial bairro de Alphaville, em Osasco (SP). E foi pra lá que eu fui, prontinha para conhecer o meu mundo. O mundo Mc de ser.

Ao chegar, creiam, uma mesa liiiiinda de McCafé esperava por mim e por outros quatro jornalistas do Norte. É o programa "Portas Abertas", que leva formadores de opinião de todo o país para ver, de perto, como funciona, de verdade, a produção do Mc.



Mesa de café
 As delícias do McCafé, assim como do almoço que nos aguardava após a visita, foram preparadas pela chef Maria Luiza Ctenas - acho que ela não existe, mas surgiu de algum planeta gourmet. Frapês de frutas vermelhas, café cremoso gelado, muffins, pães de queijo, croissants, capuccino, chás...Tudo preparado com produtos McDonald's, claro.

Depois do "susto", Lorenna Mesquita, coordenadora de comunicação do McDonald's - ela é paraense e estudou piano no conservatório Carlos Gomes comigo por quase dez anos - e Augusto dos Santos, diretor da Martin Brower, gigante que cuida da logística da rede e de outras empresas, falaram sobre toda a história do Mc e mostraram o que qualquer pessoa esclarecida já deve saber: comer McDonald's todo santo dia é óbvio que vai causar algum revertério. Sanduíches, nuggets, sucos, refirgerantes podem ser consumidos, sim. E sem problemas. Agora, dizer que alguém virou cardíaco do dia pra noite, pneumopata de uma hora para outra, ou obeso sem mais nem menos porque comeu McDonald's, isso é pura mentira.

Experimenta comer picanha todo dia, sorvete toda tarde e hot dog da esquina durante um ano. O resultado, com certeza, vai ser conferido na balança e nos consultórios médicos da vida. E isso, o McDonald's mostra com clareza. A política da empresa não prega campanhas para fazer consumidores a frequentar os restaurantes da rede todos os dias. A gente como porque quer.


Fábricas

A Foodtown é em formato de L, para reforçar a cadeia de frios. Ou seja, são várias fábricas. Uma ao lado da outra de maneira a complementar a logística e evitar que os alimentos tenham contato com temperaturas que possam prejudicar a qualidade deles.

A Cidade dos Alimentos surgiu no Brasil em 1999 e está instalada em uma área de 160 mil metros quadrados, abrigando cerca de 850 funcionários. Ela foi criada pelo próprio Mc, que, para aproximar os grandes fornecedores, agregou ao espaço físico cada um daquele que pode-se chamar de "coração" da rede, que são as empresas Martin-Brower, responsável pela logística, Braslo Marfrig, fornecedor de carnes - que não são minhocas, como algum despeitado inventou -, e FSB Foods, produtora dos pães.

Para levar os produtos aos 1.264 pontos do Mc, um senhor esquema é montado quase que diariamente na Foodtown. Os caminhões já possuem três câmeras com temperaturas distintas. Cada uma para receber determinado produto. Em cada armazém, uma temperatura diferente oferece segurança às casquinhas e doces (7ºC), tomate (10ºC), alface e cebola (1 a 4ºC), carnes (-23ºC) - aliás, até a tinta da caneta congelou quando entrei no armazém das carnes.

Não é minhoca!!!!!

Eu vi com meus próprios olhos. A carne do hamburguer do McDonald's é feita de...carne moída - o picadinho que a mãe da gente faz e que ninguém faz igual. Só isso. Apenas carne moída, triturada, remoída, já que os pedaços de carne passam várias vezes pela gigante máquina moedora. Os pedaços de carne são colocados nessa máquina e pronto. Apenas isso. Nem sal é usado. OK! Aí vem a pergunta? Porque o sabor característico de "hamburguer do McDonald's?". É que a carne moída é misturada a uma outra carne moída, mas que contém 18% de gordura. Sempre 18%, pois existe uma outra máquina que acusa se o percentual ultrapassar.

Verduras frequinhas...

Alface, cebola, acelga, tomate, batata e cenoura. Tudo o que a gente vê no Mc parece que é desenhado, costurado, pois é tudo sempre do mesmo tamanho, do mesmo formato. Mas, acreditem, é tudo produzido em hortas de Recife, onde ficam os principais fornecedores de hortifruti da rede. Qualquer tomatinho "estranho", pode apostar, é descartado. O controle de qualidade é impressionante.

Que cheirinho bom!!!!

Uma das fábricas que mais chama a atenção é a de pães, produzidos pela FSB Foods. O cheiro é desconcentrante. É como se a gente tivesse em uma padaria mesmo. O curioso é que no meio de um armazém gigantesco, só vi dois funcionários operando as máquinas.

Depois de misturar a farinha e o fermento em uma superbatedeira - isso depois dessa farinha passar por um enorme processo para verificar qualquer "corpo estranho" e ficar refinadinha -, a massa vai ser sovada em máquinas que a transformam em uma espécie de lycra, de tão fina que fica.

Puxa pra lá, puxa pra cá, a massa é definida em "bolinhas" até ir para o forno em formas especiais, já no formato e tamanho exatos do pão que a gente come no sanduba. E, atenção! Se algum pãozinho sair mais escurinho, mais claro ou com qualquer imperfeição, tchau! Ele vai direto para uma área, onde é separado para ser doado, através de um dos projetos sociais atendidos pela rede.

Agora, pasme. Se, por acaso, algum parafusinho ou objeto suspeito estiver dentro do pão - o que é bem possível, já que são tantas máquinas -, um dispositivo abre, imediatamente, as esteiras, e o "condenado" vai para o lixo. Por isso, antes da visita às fábricas, o visitante é obrigado a deixar qualquer joia, bijou, relógio ou o que mais comprometer a produção do lado de fora. Fotos? Nem em pensamento. Vai que alguém faz uma montagem e diz que o que é moído no lugar da carne são minhocas...

A melhor parte!!!!!

Visita às fábricas terminadas. Passava das 14h. Quando chegamos à sala de reuniões, uma surpresa: a chef Maria Luiza Ctenas preparou um almoço de cair o queixo, a boca, a cabeça inteira. Não vou escrever mais. Confiram o cardápio feito por ela.


Eu e a chef Maria Luiza

McGourmet

Para começar...

*Maçãs caramelizadas com queijo cheddar (Uma coisa absurdamente fina eram as lascas de maçã)
*Croquete de Big Mac servido com ketchup de maçã (Como é que pode alguém inventar ketchup de maçã?)
*Sopa de McFritas com farinha de bacon (Só estando lá para descrever)

Almoço...

*Salada de mix de folhas, servida com nozinho de mozarela, fatias de parmesão e espuma picante de Fanta Laranja (santa espuma essa, que nunca vai sair da minha cabeça), regada com vinagre balsâmico reduzido e molho de morango.
*Moqueca de McFish embrulhada com papel de tomate, servida com espuma de coco (Deu até pena de comer)
*Estrogonofe de Chicken Grill, servido com batata-crocante, tomate grape marinado em Molho Italian (Se come como um brigadeiro de panela, segurando o pratinho)
*Ensopado de Big Mac, servido com farofa de pão de Big Mac e ovo. Acompanhado de espetinho de banana na manteiga (Pensem uma coisa absurda...)


Moqueca de McFish embrulhada com papel de tomate

Sobremesa

*Pudim de manga com chantilly e morango, servido com calda de manga e perfume de menta (Feito especialmente para mim e para a Esperança)


Para fechar a visita

Mesa de café com festival de brigadeiro (tradicional, amendoim e ovomaltine) e cupcake de laranja e de chocolate (totalmente indescritível).


Cupcakes de laranja e de chocolate


Bem, o McDonald's é isso. Um mundo de delícias, transparência e profissionalismo.

Meu agradecimento por essa nobre experiência vai para a equipe da Gaby Comunicação, através do Jorge Sauma, do Gustavo Arcanjo e da Liane Gaby, para a Andréa Pontes, da S2Publicom, e para a Lorenna Mesquita, coordenadora de comunicação do McDonald's, pelo carinho e dedicação.



Lorenna, eu e Andréa


Fotos: Yáskara Cavalcante (reprodução expressamente proibida. As fotos são minhas e de mais ninguém!!!)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Mentiras de um governo

Indignação. Revolta. Na maior cara de pau do universo - a maior, sem sombra de dúvidas!!!! - a governadora do Pará mete a cara no programa político pra dizer que o Estado está mais seguro. Novas viaturas, mais policiais, concurso não sei pra onde, blá-blá-blá...tudo MEN-TI-RA. A MAIS PURA MENTIRA!!!!!

Nosso estado está jogado às baratas!!!!

Não tem saúde que preste, educação que preste - essa Feira do Livro foi só mais uma forma de incentivar a violência. A prova dissio é o tal Navega Pará, a rede digital que enche o atual governo de orgulho e que não ofereceu nenhuma informação virtual de conteúdo. Crianças e adolescentes aproveitavam o cyber montado no Hangar durante a feira para marcar encontros e dar uma verdadeira aula de banalização do sexo. Mas isso é "inclusão digital", né?

Em todas as vezes que fui ao Hangar, vi - ninguém contou. Eu vi! - os computadores cujas telas exibiam somente o Orkut, embora não tenha nada contra. Mas entre incentivar namoros, assédio sexual e exposição ao público infanto-juvenil e oferecer internet segura e de qualidade há uma grande diferença.

Este post tem, na verdade, outro objetivo: mostrar minha raiva, minha revolta e meu repúdio a tantas mentiras mostradas no horário político da candidata petista à reeleição ao governo do meu estado.

O motivo de tanta raiva? Minha família foi, pela 20ª vez - ou mais -, feita refém dentro de casa em Salinas. Na casa, que fica atrás do cemitério da cidade, estavam meus sogros, meu cunhado e a mulher dele. Dois bandidos entraram, ninguém sabe como, e ficaram escondidos dentro de um dos quartos sem que ninguém percebesse. Quando meu cunhado viu um deles, teve início uma verdadeira batalha pela sobrevivência das quatro pessoas da minha família, que a uma hora dessas podiam estar sendo veladas por mim. Os FDPs dos bandidos - possivelmente os mesmos que estão acostumados a roubar a casa - tinham uma espécie de peixeira e uma arma, acho que uma espingarda. Machucaram meu cunhado, que ainda conseguiu dar um soco em um deles.

A polícia? HAHAHAHAHAHAHA!!!!! Dá até vontade de gargalhar, hein?! Aposto qualquer coisa que se tivessem cinco policiais em Salinas ontem, véspera de um feriado que leva milhares de veranistas até lá. Como recebi a ligação do meu cunhado sobre o assalto, liguei para o celular do delegado titular da Seccional da cidade. Ele estava em Belém, mas, gentilmente, entrou em contato com a delegacia.
E quando dois policiais chegaram em casa, tiveram a cara de pau de perguntar: "Ah, aqui é a casa daquela moça do jornal, né?".

PELAMORDEDEUS. Podia ser a casa do presidente ou do coveiro do cemitério. Merecemos segurança.
Exigimos segurança. Queremos viver e não morrer. O curioso é que a governadora anda cercada de seguranças, não é isso?

OK!!!! QUERO FAZER UM APELO: PENSEM. PENSEM MUITO BEM ANTES DE VOTAR. INFELIZMENTE O ACESSO A ESTE BLOG NÃO PODE SER FEITO PELOS MAIS POBRES, QUE SE DEIXAM LEVAR POR UMA BOLSA DISSO OU BOLSA DAQUILO. MAS, ALGUÉM PRECISA FAZÊ-LOS ENTENDER QUE AS TAIS BOLSAS SÓ BENEFICIAM À ELES PRÓPRIOS. AS RUAS, OS POSTOS DE SAÚDE, AS DELEGACIAS, AS ESCOLAS...TUDO ISSO VAI FICAR JOGADO ÀS TRAÇAS. EXATAMENTE DO JEITO QUE ESTÁ.

Declaro aqui que vou anular todos os meus votos. Não acredito, sinceramente, que algum salvador da Pátria vai fazer alguma coisa pra melhorar.

Pra finalizar, queria perguntar ao atual governo em que local estão atuando os não sei quantos policiais que foram aprovados num tal concurso público para a PM. É que em Salinas eles não estão. Porque, do fundo da minha alma, eu não creio que em pelo menos vinte roubos que a minha casa viveu em cerca de cinco anos não teve um policial pra evitar ou pra prender um suspeito que fosse.